no dia 21 de novembro de 2009 fui ordenado como monge noviço em Plum
Village, França, na tradição do ven. Thich Nhat Hanh.
A cerimônia foi simples e leve, entremeada por pequenos descuidos que a
tornaram mais leve e bem humorada ainda. sei que para os europeus isso
soa estranho, por que eles adoram atividades muito formais e sem a
presença do acaso, mas para nós, brasileiros, tudo isso é muito bem
vindo e me faz sentir mais em casa ainda...
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Fui ordenado com mais dez amigos (seis homens e quatro mulheres, um do
Canadá, dois da França, um estadunidense, dois vietnamitas, uma
japonesa, uma holandesa, um alemão e uma chinesa - e eu do Brasil), no
mesmo dia, vinte vietnamitas foram ordenados via internet.
Thay deu a essa família o nome de Lótus Cor-de-Rosa (já houveram
famílias com o nome de Lótus Branca e Lótus Dourada).
Essa família tem algumas características especiais, como diversidade de
países e a idade (a maioria se situa na faixa dos 30 a 40 anos, um pouco
velha para o costume).
Apesar dos muitos altos e baixos durante o período de aspirante, estou
feliz com a minha escolha. Plum Village ainda é marcadamente européia,
norte-americana e asiática, então espero tornar mais estreita a ligação
entre Plum Village e o Brasil e a América Latina e enriquecer a
diversidade cultural que é a marca dessa tradição.
Gostaria de destacar dois fatos que considero sintomáticos:
o primeiro foi que o monge responsável pela distribuição das roupas não
sabia meu nome e como eu não estava no quarto na hora em que ele trouxe
o meu hábito de aspirante, ele apenas escreveu num pedaço de papel
"Brazil". Como único brasileiro e latino-americano desta comunidade
senti nesse momento o peso da minha escolha e o impacto dessa escolha na
vida da comunidade e, talvez, alguma expectativa também deles em relação
a mim. Mas, é claro, uma das práticas aqui é não ter expectativas...
o segundo foi durante a ordenação, quando Thay pronunciou o meu nome de
dharma monástico, Pháp Giang. Para os que não sabem 'Pháp' em
sino-vietnamita quer dizer 'Dharma' (e em vietnamita moderno quer dizer
França) e 'Giang'(pronuncia-se aproximadamente como Young em inglês, ou
iang) significa 'Rio' - ou seja, Rio de Dharma. Para mim foi uma grande
e agradável surpresa. Tendo vivido na Amazônia por muitos anos, quando
ele disse esse nome, senti o rio Amazonas correr dentro de mim e me
senti realmente como um rio. Mas sei que é um desafio ser realmente um
rio, como nas metáforas que o Buda usou para expressar algo que a tudo
abraça e a tudo transforma.
interessante também ver que recebi o meu sanghati, hábito para grandes
cerimônias formais, de um monge theravada da tailândia, T. Pittaya, e
que agora mora em plum village permanentemente. O ricardo sasaki sabe o
quanto tenho apreço pelo budismo theravada e o quanto aprecio que o
budismo praticado em plum village tenha uma mistura interessante com
essa tradição, então foi com muito bom gosto que recebi de suas mãos.
nesse período em que permaneci aspirante aprendi a duras penas a largar
minha expectativas em relação a mim e em relação à comunidade e a não
tentar pensar demais se serei um bom monge ou mesmo se serei um monge
por toda vida...o que importa é o presente e no presente farei o melhor
possível para mim e utilizando os elementos da nossa cultura para
expressar esse melhor - não posso esquecer, e isso não é possível, que
sou um monge cearense, de Quixeramobim, a maior parte de minhas raízes
está lá, trago dentro de mim o mandacaru e suas flores, a seca, a
caatinga, a esperança de chuva, minha fala nordestina e muitos
maneirismos dos meninos do interior do sertão e isso será,
provavelmente, minha contribuição à diversidade cultural de Plum
Village.
Agradeço a todos e todas que torceram por mim, direta ou indiretamente,
ou que simplesmente se alegraram por saber que há um pedaço de Brasil
nesta grande comunidade.
samuel / pháp giang
sábado, 28 de novembro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
O Primeiro Tópico da Plena Consciência: seguir a respiração na vida diária - eliminar a distração e o pensamento desnecessário (Métodos 1-2)
Inspirando, ele sabe que está inspirando; e expirando, ele sabe que está expirando. Inspirando uma respiração longa, ele sabe que "Inspiro uma respiração longa". Expirando uma respiração longa, ele sabe que "Expiro uma respiração longa". Inspirando uma respiração curta, ele sabe que "Inspiro uma respiração curta".
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A maioria dos leitores deste livro não vive em florestas, debaixo de árvores ou em monastérios. Em nossa vida diária, dirigimos carros e esperamos ônibus, trabalhamos em escritórios e fábricas, falamos ao telefone, limpamos nossas casas, preparamos comida, lavamos roupa e assim por diante. Portanto, é muito importante aprendermos a praticar a plena consciência na respiração durante nossa vida diária. Usualmente, quando desempenhamos essas tarefas, nossos pensamentos vagueiam, e nossas alegrias, tristezas e raiva ficam difíceis de seguir de perto. Apesar de estarmos vivos, não conseguimos trazer nossa mente para o momento presente e vivemos no esquecimento.
Podemos começar nos tornando conscientes de nossa respiração, seguindo a nossa respiração. Inspirando e expirando, sabemos que estamos inspirando e expirando, e podemos sorrir para afirmar que somos nós mesmos que estamos no controle de nós mesmos. Através da consciência na respiração, podemos estar despertos no (e para o) momento presente. Ficando atentos, já estabelecemos o "parar", isto é, a concentração da mente. Respirar com plena consciência ajuda nossa mente a vagar menos em pensamentos confusos e sem fim.
A maior parte de nossas atividades diárias pode ser realizada enquanto seguimos a respiração de acordo com as instruções do sutra. Quando nosso trabalho demanda uma atenção especial para evitar confusão ou acidente, podemos unir a plena consciência na respiração com a própria tarefa. Por exemplo, quando estamos carregando uma panela de água fervendo ou fazendo consertos na eletricidade, podemos estar conscientes de cada movimento de nossas mãos e alimentar essa consciência por meio da respiração: "Expiro consciente de que minhas mãos estão carregando uma panela de água fervendo" ou "Inspiro consciente de que minha mão direita está segurando um fio elétrico", ou mesmo "Inspiro consciente de que estou passando por um outro carro. Expiro consciente de que a situação está sob controle". Podemos praticar assim.
Na realidade, não é suficiente combinar a consciência na respiração somente com tarefas que exigem muita atenção. Devemos também combinar a plena consciência de nossa respiração com todos os movimentos de nosso corpo: "Inspiro e estou sentando", "Inspiro limpando a mesa", "Inspiro sorrindo para mim mesmo", "Inspiro acendendo o forno". Parar os pensamentos aleatórios e deixar de viver na distração é um passo gigantesco no sentido da prática da meditação. Podemos realizar essa etapa seguindo nossa respiração e combinando-a com a consciência de nossas atividades diárias.
Há pessoas que não têm paz nem alegria e ficam até alucinadas porque não conseguem parar o pensamento desnecessário. São obrigadas a tomar sedativos para se aquietarem e dormirem, simplesmente para dar sossego aos seus pensamentos. Porém, até mesmo em sonho, continuam sentindo medo, ansiedade e intranqüilidade. Pensar demais pode causar dor de cabeça, empobrecendo o ser espiritual.
Seguindo sua respiração e combinando a respiração consciente com suas atividades diárias, você pode cortar o fluxo de pensamentos perturbadores e derramar a luz do despertar. A plena consciência da expiração e da inspiração é algo maravilhoso que qualquer pessoa pode praticar. Mesmo se você não vive em um monastério ou em um centro de meditação, pode praticar dessa maneira. Combinar a plena consciência da meditação com a plena consciência dos movimentos do corpo durante as atividades diárias - andar, parar, deitar, sentar, trabalhar - é uma prática básica para cultivar a concentração e viver em um estado desperto. Durante os primeiros minutos de meditação sentada, você pode usar este método para harmonizar sua respiração e, se parecer necessário, pode continuar seguindo a respiração com plena consciência durante o período todo.
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A maioria dos leitores deste livro não vive em florestas, debaixo de árvores ou em monastérios. Em nossa vida diária, dirigimos carros e esperamos ônibus, trabalhamos em escritórios e fábricas, falamos ao telefone, limpamos nossas casas, preparamos comida, lavamos roupa e assim por diante. Portanto, é muito importante aprendermos a praticar a plena consciência na respiração durante nossa vida diária. Usualmente, quando desempenhamos essas tarefas, nossos pensamentos vagueiam, e nossas alegrias, tristezas e raiva ficam difíceis de seguir de perto. Apesar de estarmos vivos, não conseguimos trazer nossa mente para o momento presente e vivemos no esquecimento.
Podemos começar nos tornando conscientes de nossa respiração, seguindo a nossa respiração. Inspirando e expirando, sabemos que estamos inspirando e expirando, e podemos sorrir para afirmar que somos nós mesmos que estamos no controle de nós mesmos. Através da consciência na respiração, podemos estar despertos no (e para o) momento presente. Ficando atentos, já estabelecemos o "parar", isto é, a concentração da mente. Respirar com plena consciência ajuda nossa mente a vagar menos em pensamentos confusos e sem fim.
A maior parte de nossas atividades diárias pode ser realizada enquanto seguimos a respiração de acordo com as instruções do sutra. Quando nosso trabalho demanda uma atenção especial para evitar confusão ou acidente, podemos unir a plena consciência na respiração com a própria tarefa. Por exemplo, quando estamos carregando uma panela de água fervendo ou fazendo consertos na eletricidade, podemos estar conscientes de cada movimento de nossas mãos e alimentar essa consciência por meio da respiração: "Expiro consciente de que minhas mãos estão carregando uma panela de água fervendo" ou "Inspiro consciente de que minha mão direita está segurando um fio elétrico", ou mesmo "Inspiro consciente de que estou passando por um outro carro. Expiro consciente de que a situação está sob controle". Podemos praticar assim.
Na realidade, não é suficiente combinar a consciência na respiração somente com tarefas que exigem muita atenção. Devemos também combinar a plena consciência de nossa respiração com todos os movimentos de nosso corpo: "Inspiro e estou sentando", "Inspiro limpando a mesa", "Inspiro sorrindo para mim mesmo", "Inspiro acendendo o forno". Parar os pensamentos aleatórios e deixar de viver na distração é um passo gigantesco no sentido da prática da meditação. Podemos realizar essa etapa seguindo nossa respiração e combinando-a com a consciência de nossas atividades diárias.
Há pessoas que não têm paz nem alegria e ficam até alucinadas porque não conseguem parar o pensamento desnecessário. São obrigadas a tomar sedativos para se aquietarem e dormirem, simplesmente para dar sossego aos seus pensamentos. Porém, até mesmo em sonho, continuam sentindo medo, ansiedade e intranqüilidade. Pensar demais pode causar dor de cabeça, empobrecendo o ser espiritual.
Seguindo sua respiração e combinando a respiração consciente com suas atividades diárias, você pode cortar o fluxo de pensamentos perturbadores e derramar a luz do despertar. A plena consciência da expiração e da inspiração é algo maravilhoso que qualquer pessoa pode praticar. Mesmo se você não vive em um monastério ou em um centro de meditação, pode praticar dessa maneira. Combinar a plena consciência da meditação com a plena consciência dos movimentos do corpo durante as atividades diárias - andar, parar, deitar, sentar, trabalhar - é uma prática básica para cultivar a concentração e viver em um estado desperto. Durante os primeiros minutos de meditação sentada, você pode usar este método para harmonizar sua respiração e, se parecer necessário, pode continuar seguindo a respiração com plena consciência durante o período todo.
Respire! Você Está Vivo (seção 2 - continuação texto anterior)
"Oh bhikkus, o método de estar plenamente consciente na respiração, se desenvolvido e praticado continuamente, trará grandes recompensas e grandes vantagens. Ele conduzirá ao sucesso na prática dos Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção. Se esse Método dos Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção for desenvolvido e praticado continuamente, conduzirá ao sucesso na prática dos Sete Fatores do Despertar. Os Sete Fatores do Despertar, se forem desenvolvidos e praticados continuamente, vão fazer brotar a Compreensão e a Liberação da Mente.
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Qual é o caminho para desenvolver e praticar continuamente o método da Plena Consciência na Respiração, de modo que a prática seja compensadora e ofereça um grande benefício?
É assim, bhikkus: o praticante entra na floresta, ou se dirige para o pé de uma árvore, ou para qualquer lugar deserto, senta-se firme na posição de lótus, mantendo o corpo bem ereto. Inspirando, ele sabe que está inspirando; e expirando, ele sabe que está expirando.
1) Inspirando uma respiração longa, ele sabe: "inspiro uma respiração longa." Expirando uma respiração longa, ele sabe: "expiro uma respiração longa."
2) Inspirando uma respiração curta, ele sabe: "inspiro uma respiração curta." Expirando uma respiração curta, ele sabe, "expiro uma respiração curta."
3) "Inspiro consciente de todo o meu corpo. Expiro consciente de todo o meu corpo." É assim que ele pratica.
4) "Inspiro, e meu corpo todo está calmo e em paz. Expiro, e meu corpo todo está calmo e em paz." É assim que ele pratica.
5) "Inspiro, e me sinto alegre. Expiro, e me sinto alegre."21
É assim que ele pratica.
6) "Inspiro, e me sinto feliz. Expiro, e me sinto feliz."
É assim que ele pratica.
7) "Inspiro, consciente das atividades da mente em mim. Expiro, consciente das atividades da mente em mim."
É assim que ele pratica.
8) "Inspiro, e as atividades da mente estão calmas e em paz em mim. Expiro, e as atividades da mente estão calmas e em paz em mim."
É assim que ele pratica.
9) "Inspiro, consciente de minha mente. Expiro, consciente de minha mente." É assim que ele pratica.
10) "Inspiro, e minha mente está feliz e em paz. Expiro, e minha mente está feliz e em paz." É assim que ele pratica.
11) "Inspiro, e minha mente fica concentrada. Expiro, e minha mente fica concentrada." É assim que ele pratica.
12) "Inspiro, e libero minha mente. Expiro, e libero minha mente."
É assim que ele pratica.
13) "Inspiro, e observo a natureza impermanente de todos os darmas. Expiro, e observo a natureza impermanente de todos os darmas."22 É assim que ele pratica.
14) "Inspiro, e observo o desaparecer gradual de todos os darmas. Expiro, e observo o desaparecer gradual de todos os darmas."23
É assim que ele pratica.
15) "Inspiro, e observo a liberação. Expiro, e observo a liberação."
É assim que ele pratica.
16) "Inspiro, e observo o soltar. Expiro, e observo o soltar."25
É assim que ele pratica.
A Plena Consciência na Respiração, se desenvolvida e praticada continuamente de acordo com estas instruções, traz compensações e um grande benefício."
21 Alegria e Felicidade: A palavra piti é usualmente traduzida como "alegria" e a palavra sukka, "felicidade". O exemplo a seguir geralmente é usado para comparar piti com sukka: alguém viajando no deserto vê um regato de água fria e experimenta piti (alegria), e ao beber a água experimenta sukka (felicidade).
22Darmas: coisas, fenômenos
23Desaparecimento gradual (viraga): um desaparecimento gradual da cor e do gosto de cada darma, e sua dissolução aos poucos, é ao mesmo tempo um desvanecer e dissolução gradual da cor e do sabor do desejo. Viraga é, portanto, o desaparecimento de ambos, cor e apego.
24Liberação ou emancipação aqui significa pôr um fim às raízes da aflição e das tristezas, transformando-as.
25Desistir, ou renunciar, aqui significa abandonar tudo que é ilusório e vazio de substância.
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Qual é o caminho para desenvolver e praticar continuamente o método da Plena Consciência na Respiração, de modo que a prática seja compensadora e ofereça um grande benefício?
É assim, bhikkus: o praticante entra na floresta, ou se dirige para o pé de uma árvore, ou para qualquer lugar deserto, senta-se firme na posição de lótus, mantendo o corpo bem ereto. Inspirando, ele sabe que está inspirando; e expirando, ele sabe que está expirando.
1) Inspirando uma respiração longa, ele sabe: "inspiro uma respiração longa." Expirando uma respiração longa, ele sabe: "expiro uma respiração longa."
2) Inspirando uma respiração curta, ele sabe: "inspiro uma respiração curta." Expirando uma respiração curta, ele sabe, "expiro uma respiração curta."
3) "Inspiro consciente de todo o meu corpo. Expiro consciente de todo o meu corpo." É assim que ele pratica.
4) "Inspiro, e meu corpo todo está calmo e em paz. Expiro, e meu corpo todo está calmo e em paz." É assim que ele pratica.
5) "Inspiro, e me sinto alegre. Expiro, e me sinto alegre."21
É assim que ele pratica.
6) "Inspiro, e me sinto feliz. Expiro, e me sinto feliz."
É assim que ele pratica.
7) "Inspiro, consciente das atividades da mente em mim. Expiro, consciente das atividades da mente em mim."
É assim que ele pratica.
8) "Inspiro, e as atividades da mente estão calmas e em paz em mim. Expiro, e as atividades da mente estão calmas e em paz em mim."
É assim que ele pratica.
9) "Inspiro, consciente de minha mente. Expiro, consciente de minha mente." É assim que ele pratica.
10) "Inspiro, e minha mente está feliz e em paz. Expiro, e minha mente está feliz e em paz." É assim que ele pratica.
11) "Inspiro, e minha mente fica concentrada. Expiro, e minha mente fica concentrada." É assim que ele pratica.
12) "Inspiro, e libero minha mente. Expiro, e libero minha mente."
É assim que ele pratica.
13) "Inspiro, e observo a natureza impermanente de todos os darmas. Expiro, e observo a natureza impermanente de todos os darmas."22 É assim que ele pratica.
14) "Inspiro, e observo o desaparecer gradual de todos os darmas. Expiro, e observo o desaparecer gradual de todos os darmas."23
É assim que ele pratica.
15) "Inspiro, e observo a liberação. Expiro, e observo a liberação."
É assim que ele pratica.
16) "Inspiro, e observo o soltar. Expiro, e observo o soltar."25
É assim que ele pratica.
A Plena Consciência na Respiração, se desenvolvida e praticada continuamente de acordo com estas instruções, traz compensações e um grande benefício."
21 Alegria e Felicidade: A palavra piti é usualmente traduzida como "alegria" e a palavra sukka, "felicidade". O exemplo a seguir geralmente é usado para comparar piti com sukka: alguém viajando no deserto vê um regato de água fria e experimenta piti (alegria), e ao beber a água experimenta sukka (felicidade).
22Darmas: coisas, fenômenos
23Desaparecimento gradual (viraga): um desaparecimento gradual da cor e do gosto de cada darma, e sua dissolução aos poucos, é ao mesmo tempo um desvanecer e dissolução gradual da cor e do sabor do desejo. Viraga é, portanto, o desaparecimento de ambos, cor e apego.
24Liberação ou emancipação aqui significa pôr um fim às raízes da aflição e das tristezas, transformando-as.
25Desistir, ou renunciar, aqui significa abandonar tudo que é ilusório e vazio de substância.
Respire! Você Está Vivo
O Sutra sobre a Plena Consciência na Respiração
Seção 1 - Eu ouvi essas palavras do Buda certa vez, quando ele estava em Savatthi¹ no Eastern Park com muitos discípulos conhecidos e realizados, inclusive Sariputta, Mahamoggallana, Mahakassapa, Mahakaccayana, Mahakotthita, Mahakappina, Mahacunda, Anuruddha, Rewata e Ananda. Na comunidade, os bhikkus² seniores diligentemente instruíam os bhikkus novos na prática - alguns instruíam dez estudantes, outros, uns trinta e alguns, quarenta; e dessa maneira os bhikkus novatos na prática foram aos poucos conseguindo grande progresso. Naquela noite a lua estava cheia e a Cerimônia de Pavarana³ foi realizada para marcar o fim do retiro da estação das chuvas. O Senhor Buda, o Desperto, estava sentado ao ar livre com os discípulos reunidos em torno dele. Depois de olhar pausadamente para a assembléia, começou a falar:
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"Oh bhikkus, é um prazer constatar os frutos que alcançaram com suas práticas. E sei que ainda podem fazer mais progresso. O que vocês ainda não alcançaram, podem alcançar. O que ainda não realizaram, podem realizar perfeitamente. [Para encorajar seus esforços] ficarei aqui até a próxima lua cheia4".
Quando ouviram que o Senhor Buda ia ficar em Savatthi por mais um mês, os bhikkus de todo o país começaram a se dirigir para lá a fim de estudarem com ele. Os bhikkus seniores continuaram a ensinar os bhikkus novatos a praticarem com mais determinação. Alguns estavam instruindo dez discípulos, outros vinte, outros trinta e alguns quarenta. Com essa ajuda, os bhikkus mais novos, pouco a pouco, continuaram progredindo no conhecimento.
Quando o dia da próxima lua cheia chegou, o Buda, sentado a céu aberto, olhou para a assembléia de bhikkus e começou a falar:
"Oh bhikkus, nossa comunidade é pura e boa. Em seu coração não existe conversa inútil e pretensiosa, e, portanto, merece receber oferendas e ser considerada um campo de mérito5. Uma comunidade assim é rara, e qualquer peregrino que a esteja procurando, não importa quanto tenha de viajar, vai descobrir que valeu a pena.
Nesta assembléia existem bhikkus que já realizaram o fruto do estado de Arahat6, destruíram todas as raízes da aflição7, largaram todos os fardos e alcançaram compreensão correta e emancipação. Há também bhikkus que já eliminaram as cinco primeiras formações internas8 e realizaram a condição de nunca mais passar pelo ciclo de nascimento e morte9.
Existem aqueles que abandonaram as três primeiras formações internas e realizaram o fruto de retornar mais uma vez10. Eliminaram as raízes da cobiça, do ódio e da ignorância, e só precisam voltar para o ciclo de nascimento e morte mais uma vez. Existem os que eliminaram as três formações internas e realizaram o fruto daquele que entra no fluxo11, dirigindo-se firmemente para o Estado Desperto. Existem os que praticam os Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção12. Exitem aqueles que praticam os Quatro Esforços Corretos13 e os que praticam as Quatro Bases do Sucesso14. Existem os que praticam as Cinco Faculdades15, os que praticam os Cinco Poderes16, aqueles que praticam os Sete Fatores do Despertar17, os que praticam o Caminho Óctuplo18. Existem os que praticam a bondade amorosa, os que praticam a compaixão, aqueles que praticam a alegria e aqueles que praticam a equanimidade19. Existem os que praticam as Nove Contemplações20 e os que praticam a Observação da Impermanência. Existem também bhikkus que já praticam a plena consciência na respiração".
Notas:
¹Savatthi: a capital do reino de Kosala, que fica cerca de 75 milhas a oeste de Kapilavatthu (sânscrito: Sravasti e Kapilavastu).
²Bhikku: monge
³A cerimônia de Pavarana era realizada no fim de cada retiro da estação das chuvas, o retiro anual de três meses para monges budistas. Durante a cerimônia, cada monge presente convidava a assembléia para apontar as fraquezas que ele havia demonstrado durante o retiro. A lua cheia marcava o fim do mês lunar. Normalmente, o Pavarana era realizado no fim do mês de Assayuja (mais ou menos em outubro), porém durante o ano em que esse sutra foi ensinado o Buda estendeu o retiro para quatro meses e a cerimônia foi realizada no fim do mês de Kattika (em torno de novembro).
4O dia da lua cheia do quarto mês de retiro (Kattika) chamado Komudi, ou dia do Lótus Branco, assim chamado porque komuda é uma espécie de lótus branco que floresce no fim do Outono.
5Campo de mérito: apoiar uma comunidade boa, como plantar sementes em um solo fértil, é um bom investimento.
6Arahat (sânscrito: Arhat): a mais elevada realização de acordo com as tradições do budismo primitivo. Arahat significa digno, merecedor de respeito. Um Arahat é alguém que arrancou as raízes de todas as causas da aflição e não está mais sujeito ao ciclo de nascimento e morte.
7Raiz da Aflição (sânscrito: klesa; pali: klesa). As cordas que escravizam a mente, como: cobiça, raiva, ignorância, desdém, suspeita e visões errôneas. É o equivalente a Asava (pali): sofrimento, dor, venenos da mente, causas que nos sujeitam a nascimento e morte, como apego, visões errôneas, ignorância.
8Isto é, as cinco primeiras das Dez Formações Internas (sânscrito: Samyojana): (1) apanhado na visão errônea do self, (2) hesitação, (3) apanhado em proibições e rituais supersticiosos, (4) apego, (5) ódio e raiva, (6) desejo dos mundos da forma, (7) desejo dos mundos do sem forma, (8) orgulho, (9) agitação e (10) ignorância. Esses são os nós que nos amarram e mantêm prisioneiros de nossa situação mundana. No Mahayana, as Dez Formações Internas são relacionadas na seguinte ordem: desejo, ódio, ignorância, orgulho, hesitação, crença em um self real, visões extremas, visões errôneas, visões pervertidas, visões advogando proibições desnecessárias. As cinco primeiras são chamadas "obscuras" e as cinco últimas, "aguçadas".
9Fruto do Nunca Retornar (Anagami-phala): o fruto, ou realização, se refere somente ao fruto da condição de Arahat. Os que realizam o Fruto do Nunca Retornar não voltam depois dessa vida para o ciclo de nascimento e morte.
10Fruto de Retornar Mais Uma Vez (Sakadagami-phala): o fruto, ou realização, logo abaixo do Fruto do Nunca Retornar. Aqueles que realizam o Fruto de Retornar Mais Uma Vez voltarão para o ciclo de nascimento e morte apenas mais uma vez.
11O Fruto do Que Entra na Corrente (Sotapatti-phala): o quarto fruto mais elevado, ou realização. Os que alcançam o Fruto do Que Entra na Corrente são considerados como tendo entrado no Fluxo da Mente Desperta, que sempre flui para dentro do Oceano da Emancipação.
12Os Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção (Satipatthana): (1) consciência do corpo no corpo, (2) consciência dos sentimentos nos sentimentos, (3) consciência da mente na mente, (4) consciência dos objetos da mente nos objetos da mente. Para mais explicações, veja Transformation and Healing: The Sutra on the Four Establishments of Mindfulness, Thich Nhat Hanh (Berkeley: Parallax Press, 1990).
13Quatro Esforços Corretos (pali: padhana): (1) não permitir que surja qualquer ocasião de ação maléfica, (2) uma vez que surja, encontrar os meios para liquidá-la, (3) fazer a ação correta surgir quando ainda não surgiu, (4) encontrar a maneira de desenvolver a ação correta e, depois que surgir, torná-la duradoura.
14Quatro Bases de Sucesso (iddhi-pada). quatro caminhos que levam à realização de uma mente forte: diligência, energia, plena consciência e penetração.
15Cinco Faculdades (indriyana): cinco capacidades, ou habilidades: (1) confiança, (2) energia, (3) estabilidade meditativa, (4) concentração meditativa, e (5) compreensão verdadeira.
16Cinco Poderes (bala): o mesmo que as Cinco Faculdades, mas vistos mais como forças do que habilidades.
17Sete Fatores do Despertar (bojjhanga): (1) plena atenção, (2) investigação dos darmas, (3) energia, (4) alegria, (5) tranqüilidade, (6) concentração, (7) soltar. Estes são discutidos na Seção Quatro do sutra.
18O Nobre Caminho Óctuplo (atthangika-magga): a maneira correta de praticar contém oito elementos: (1) Visão Correta, (2) Intenção Correta, (3) Fala Correta, (4) Ação Correta, (5) Maneira de Viver Correta, (6) Esforço Correto no caminho, (7) Consciência Correta, (8) Concentração Meditativa Correta.
As práticas acima, dos Quatro Estabelecimentos da Plena Consciência até o Nobre Caminho Óctuplo, num total de 37, são chamadas bodhipakkhiya dhamma, os Componentes do Despertar.
19Bondade amorosa, compaixão, alegria e equanimidade (brama-vhiara): quatro estados da mente belos e preciosos que não estão sujeitos a nenhuma limitação, e são geralmente chamados de Quatro Meditações Sem Limites. Bondade amorosa é dar alegria. Compaixão é remover o sofrimento. Alegria é felicidade e alegria na alegria dos outros. Equanimidade é renúncia, sem calcular ganho ou perda, sem apego a crenças tais como a verdade, sem raiva nem tristeza.
20Nove Contemplações: a prática da contemplação sobre os nove estágios de desintegração de um cadáver, do momento em que ele começa a inchar até se tornar pó.
Respire! Você Está VivoThich Nhat HanhEditora Vozes
Seção 1 - Eu ouvi essas palavras do Buda certa vez, quando ele estava em Savatthi¹ no Eastern Park com muitos discípulos conhecidos e realizados, inclusive Sariputta, Mahamoggallana, Mahakassapa, Mahakaccayana, Mahakotthita, Mahakappina, Mahacunda, Anuruddha, Rewata e Ananda. Na comunidade, os bhikkus² seniores diligentemente instruíam os bhikkus novos na prática - alguns instruíam dez estudantes, outros, uns trinta e alguns, quarenta; e dessa maneira os bhikkus novatos na prática foram aos poucos conseguindo grande progresso. Naquela noite a lua estava cheia e a Cerimônia de Pavarana³ foi realizada para marcar o fim do retiro da estação das chuvas. O Senhor Buda, o Desperto, estava sentado ao ar livre com os discípulos reunidos em torno dele. Depois de olhar pausadamente para a assembléia, começou a falar:
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"Oh bhikkus, é um prazer constatar os frutos que alcançaram com suas práticas. E sei que ainda podem fazer mais progresso. O que vocês ainda não alcançaram, podem alcançar. O que ainda não realizaram, podem realizar perfeitamente. [Para encorajar seus esforços] ficarei aqui até a próxima lua cheia4".
Quando ouviram que o Senhor Buda ia ficar em Savatthi por mais um mês, os bhikkus de todo o país começaram a se dirigir para lá a fim de estudarem com ele. Os bhikkus seniores continuaram a ensinar os bhikkus novatos a praticarem com mais determinação. Alguns estavam instruindo dez discípulos, outros vinte, outros trinta e alguns quarenta. Com essa ajuda, os bhikkus mais novos, pouco a pouco, continuaram progredindo no conhecimento.
Quando o dia da próxima lua cheia chegou, o Buda, sentado a céu aberto, olhou para a assembléia de bhikkus e começou a falar:
"Oh bhikkus, nossa comunidade é pura e boa. Em seu coração não existe conversa inútil e pretensiosa, e, portanto, merece receber oferendas e ser considerada um campo de mérito5. Uma comunidade assim é rara, e qualquer peregrino que a esteja procurando, não importa quanto tenha de viajar, vai descobrir que valeu a pena.
Nesta assembléia existem bhikkus que já realizaram o fruto do estado de Arahat6, destruíram todas as raízes da aflição7, largaram todos os fardos e alcançaram compreensão correta e emancipação. Há também bhikkus que já eliminaram as cinco primeiras formações internas8 e realizaram a condição de nunca mais passar pelo ciclo de nascimento e morte9.
Existem aqueles que abandonaram as três primeiras formações internas e realizaram o fruto de retornar mais uma vez10. Eliminaram as raízes da cobiça, do ódio e da ignorância, e só precisam voltar para o ciclo de nascimento e morte mais uma vez. Existem os que eliminaram as três formações internas e realizaram o fruto daquele que entra no fluxo11, dirigindo-se firmemente para o Estado Desperto. Existem os que praticam os Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção12. Exitem aqueles que praticam os Quatro Esforços Corretos13 e os que praticam as Quatro Bases do Sucesso14. Existem os que praticam as Cinco Faculdades15, os que praticam os Cinco Poderes16, aqueles que praticam os Sete Fatores do Despertar17, os que praticam o Caminho Óctuplo18. Existem os que praticam a bondade amorosa, os que praticam a compaixão, aqueles que praticam a alegria e aqueles que praticam a equanimidade19. Existem os que praticam as Nove Contemplações20 e os que praticam a Observação da Impermanência. Existem também bhikkus que já praticam a plena consciência na respiração".
Notas:
¹Savatthi: a capital do reino de Kosala, que fica cerca de 75 milhas a oeste de Kapilavatthu (sânscrito: Sravasti e Kapilavastu).
²Bhikku: monge
³A cerimônia de Pavarana era realizada no fim de cada retiro da estação das chuvas, o retiro anual de três meses para monges budistas. Durante a cerimônia, cada monge presente convidava a assembléia para apontar as fraquezas que ele havia demonstrado durante o retiro. A lua cheia marcava o fim do mês lunar. Normalmente, o Pavarana era realizado no fim do mês de Assayuja (mais ou menos em outubro), porém durante o ano em que esse sutra foi ensinado o Buda estendeu o retiro para quatro meses e a cerimônia foi realizada no fim do mês de Kattika (em torno de novembro).
4O dia da lua cheia do quarto mês de retiro (Kattika) chamado Komudi, ou dia do Lótus Branco, assim chamado porque komuda é uma espécie de lótus branco que floresce no fim do Outono.
5Campo de mérito: apoiar uma comunidade boa, como plantar sementes em um solo fértil, é um bom investimento.
6Arahat (sânscrito: Arhat): a mais elevada realização de acordo com as tradições do budismo primitivo. Arahat significa digno, merecedor de respeito. Um Arahat é alguém que arrancou as raízes de todas as causas da aflição e não está mais sujeito ao ciclo de nascimento e morte.
7Raiz da Aflição (sânscrito: klesa; pali: klesa). As cordas que escravizam a mente, como: cobiça, raiva, ignorância, desdém, suspeita e visões errôneas. É o equivalente a Asava (pali): sofrimento, dor, venenos da mente, causas que nos sujeitam a nascimento e morte, como apego, visões errôneas, ignorância.
8Isto é, as cinco primeiras das Dez Formações Internas (sânscrito: Samyojana): (1) apanhado na visão errônea do self, (2) hesitação, (3) apanhado em proibições e rituais supersticiosos, (4) apego, (5) ódio e raiva, (6) desejo dos mundos da forma, (7) desejo dos mundos do sem forma, (8) orgulho, (9) agitação e (10) ignorância. Esses são os nós que nos amarram e mantêm prisioneiros de nossa situação mundana. No Mahayana, as Dez Formações Internas são relacionadas na seguinte ordem: desejo, ódio, ignorância, orgulho, hesitação, crença em um self real, visões extremas, visões errôneas, visões pervertidas, visões advogando proibições desnecessárias. As cinco primeiras são chamadas "obscuras" e as cinco últimas, "aguçadas".
9Fruto do Nunca Retornar (Anagami-phala): o fruto, ou realização, se refere somente ao fruto da condição de Arahat. Os que realizam o Fruto do Nunca Retornar não voltam depois dessa vida para o ciclo de nascimento e morte.
10Fruto de Retornar Mais Uma Vez (Sakadagami-phala): o fruto, ou realização, logo abaixo do Fruto do Nunca Retornar. Aqueles que realizam o Fruto de Retornar Mais Uma Vez voltarão para o ciclo de nascimento e morte apenas mais uma vez.
11O Fruto do Que Entra na Corrente (Sotapatti-phala): o quarto fruto mais elevado, ou realização. Os que alcançam o Fruto do Que Entra na Corrente são considerados como tendo entrado no Fluxo da Mente Desperta, que sempre flui para dentro do Oceano da Emancipação.
12Os Quatro Estabelecimentos da Plena Atenção (Satipatthana): (1) consciência do corpo no corpo, (2) consciência dos sentimentos nos sentimentos, (3) consciência da mente na mente, (4) consciência dos objetos da mente nos objetos da mente. Para mais explicações, veja Transformation and Healing: The Sutra on the Four Establishments of Mindfulness, Thich Nhat Hanh (Berkeley: Parallax Press, 1990).
13Quatro Esforços Corretos (pali: padhana): (1) não permitir que surja qualquer ocasião de ação maléfica, (2) uma vez que surja, encontrar os meios para liquidá-la, (3) fazer a ação correta surgir quando ainda não surgiu, (4) encontrar a maneira de desenvolver a ação correta e, depois que surgir, torná-la duradoura.
14Quatro Bases de Sucesso (iddhi-pada). quatro caminhos que levam à realização de uma mente forte: diligência, energia, plena consciência e penetração.
15Cinco Faculdades (indriyana): cinco capacidades, ou habilidades: (1) confiança, (2) energia, (3) estabilidade meditativa, (4) concentração meditativa, e (5) compreensão verdadeira.
16Cinco Poderes (bala): o mesmo que as Cinco Faculdades, mas vistos mais como forças do que habilidades.
17Sete Fatores do Despertar (bojjhanga): (1) plena atenção, (2) investigação dos darmas, (3) energia, (4) alegria, (5) tranqüilidade, (6) concentração, (7) soltar. Estes são discutidos na Seção Quatro do sutra.
18O Nobre Caminho Óctuplo (atthangika-magga): a maneira correta de praticar contém oito elementos: (1) Visão Correta, (2) Intenção Correta, (3) Fala Correta, (4) Ação Correta, (5) Maneira de Viver Correta, (6) Esforço Correto no caminho, (7) Consciência Correta, (8) Concentração Meditativa Correta.
As práticas acima, dos Quatro Estabelecimentos da Plena Consciência até o Nobre Caminho Óctuplo, num total de 37, são chamadas bodhipakkhiya dhamma, os Componentes do Despertar.
19Bondade amorosa, compaixão, alegria e equanimidade (brama-vhiara): quatro estados da mente belos e preciosos que não estão sujeitos a nenhuma limitação, e são geralmente chamados de Quatro Meditações Sem Limites. Bondade amorosa é dar alegria. Compaixão é remover o sofrimento. Alegria é felicidade e alegria na alegria dos outros. Equanimidade é renúncia, sem calcular ganho ou perda, sem apego a crenças tais como a verdade, sem raiva nem tristeza.
20Nove Contemplações: a prática da contemplação sobre os nove estágios de desintegração de um cadáver, do momento em que ele começa a inchar até se tornar pó.
Respire! Você Está VivoThich Nhat HanhEditora Vozes
domingo, 13 de setembro de 2009
Nosso retiro foi um sucesso
Queridos amigos,
Encerrado hoje, o retiro de plena consciência, com os monges António e Michel, de Plum Village, foi um sucesso. Realizado no Spa Ch'An Tao, em Jundiaí, na serra do Japi, em meio a muita natureza, paisagem exuberante, sol, pássaros e esquilos, pudemos receber os ensinamentos e as práticas conduzidas pelos queridos monges, dentre as quais meditação sentada, ensinamentos do Dharma, meditação andando, refeições em plena consciência, dentre outras.
Muito obrigado a todos que participaram, organizaram e tornaram possível esse 3o. Retiro da Sangha Plena Consciência.
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Palestra com os Monges Pháp Nhan e Pháp Uyen - Nesta Quarta e Quinta-Feira
Nesta quarta e quinta-feira, a partir das 19:00h, estaremos recebendo os monges Pháp Nhan e Pháp Uyen, Mestres da Ordem Interser, do Monastério de Plum Village, França, da tradição do nosso querido e venerável mestre Thich Nhat Hanh, para palestras que acontecerão na FNAC - Pinheiros. A entrada é gratuita.
Contamos com sua presença! Leve seus amigos e familiares.
Sangha Plena Consciência - São Paulo
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Sangha Plena Consciência - São Paulo
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