quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mantra para os doentes

No tempo do Buda havia um leigo cujo nome era Anathapindika. Ele tinha um coração bom. Era um negociante rico, empresário, e gastou muito tempo e dinheiro cuidando de pessoas pobres, pessoas que eram abandonadas, crianças, órfãos, e assim por diante. Anathapindika teve grande prazer servindo ao Buda e à Sangha, e a família dele era uma família feliz porque sua esposa e todas as três crianças seguiam os ensinamentos do Buda. (...)
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Anathapindika estava muito doente, perto da morte, após servir ao Buda durante aproximadamente trinta anos. O Buda foi até ele e o visitou, e depois disso encarregou Venerável Shariputra um dos melhores discípulos para cuidar de Anathapindika. Um dia Shariputra soube que Anathapindika estava extremamente doente, e poderia falecer a qualquer momento, então pediu ao seu irmão mais jovem no Dharma, o Venerável, Ananda que fosse com ele para uma visita. Quando Anathapindika viu ambos, ficou muito alegre. Shariputra perguntou, “Querido amigo, Anathapindika, como você sente em seu corpo? A dor em seu corpo está aumentando ou está diminuindo?”, Anathapindika disse, “Veneráveis, a dor em mim está aumentando todo o tempo. Eu sofro muito, não diminui.” Shariputra disse, “Por que nós não praticamos meditação nas Três Jóias? Vamos praticar, inspirando e expirando e focalizando nossa atenção no Buda maravilhoso, o Dharma maravilhoso, e na Sangha maravilhosa.” Assim, dois monges apoiaram um leigo praticante num momento muito crucial.

Shariputra era uma pessoa extremamente inteligente. Ele era o braço direito do Buda, tomava conta da comunidade de monges, ensinando a muitos deles como um irmão mais velho. Ele sabia o que o agonizante Anathapindika precisava exatamente. Assim ele ofereceu meditação em primeiro lugar nas Três Jóias, porque ele sabia muito bem que a maior alegria de Anathapindika era servir ao Buda e à Sangha. Ele tinha feito tudo para fazer o Buda e a Sangha confortáveis. Meditando no Buda e na Sangha traria a alegria e a felicidade que contrabalançariam a dor no corpo.

Todos nós temos que aprender isto, porque em nós há sementes de sofrimento, e há sementes de alegria. Se você souber tocar as sementes de alegria, elas serão regadas e as energias de felicidade e alegria serão fortes o bastante para contrabalançar a dor e para fazer a pessoa sofrer menos. O Buda é aquele que tem a capacidade de estar lá, de estar atento, de entender, de ser capaz de amar e aceitar, de ser jovial. Depois de meditar no Buda, eles meditaram no Dharma. O Dharma é um caminho que pode trazer um alívio de alegria e paz, não precisamos esperar. O Dharma não é uma promessa de felicidade no futuro. A prática do Dharma não é uma questão de tempo. Assim que você abraça o Dharma e pratica, começa a adquirir alívio e transformação imediatamente. A Sangha está composta de amigos que praticam concentração, plena consciência, sabedoria, alegria, e paz. Deixar sua mente tocar essas jóias maravilhosas pode regar as sementes de felicidade.

Depois de aproximadamente dez minutos praticando assim, Anathapindika se sentia já muito melhor. Da próxima vez que você sentar perto de uma pessoa agonizante, poderia praticar deste modo. Você deve estar lá, presente cem por cento, com estabilidade, solidez, e paz. Isto é muito importante. Você é o apoio daquela pessoa agonizante, e ela precisa muito de sua estabilidade, sua paz. Para acompanhar uma pessoa agonizante, você precisa dar seu melhor, mas não espere até aquele momento para praticar. Você deve praticar em sua vida diária cultivando sua paz, sua solidez. Você olha na pessoa e reconhece as sementes de felicidade que estão enterradas profundamente, e apenas rega estas sementes. Todo mundo tem sementes de felicidade. Naquele momento você deve conversar com ele ou ela, e usar meditação guiada para ajudar a tocar as sementes de felicidade dentro dele ou dela.

Vários anos atrás eu estava indo dirigir um retiro, e soube que nosso amigo Alfred Hassler estava morrendo em um hospital católico. Assim nós paramos e ficamos algum tempo com ele. Alfred foi muito ativo durante a guerra de Vietnã. Era o diretor do Fellowship of Reconciliation em Nova Iorque, e nos apoiou de todo o coração trazendo a mensagem de paz das pessoas vietnamitas, trabalhando muito duro para conseguir um cessar-fogo e uma negociação entre as partes em guerra. Quando chegamos, Alfred estava em coma e sua filha estava tentando chamá-lo de volta, “Alfred, Alfred, o Thây está aqui, Monja Chân Không está aqui!” Mas ele não voltou. Eu pedi que a Monja Chân Không cantasse uma canção que foi escrita por mim e as palavras foram tiradas diretamente do Samyutta Nikaya:

“Estes olhos não são eu, eu não sou apegado a estes olhos. Eu sou vida sem limites, eu nunca nasci, eu nunca morrerei. Olhe para mim, sorria para mim, pegue minha mão. Nós dizemos adeus agora, mas nos veremos depois. E nos encontraremos em toda caminhada da vida.”

Monja Chân Không começou a cantar aquela canção suavemente. Você poderia pensar que como Alfred estava em um coma, não poderia ouvir. Mas depois de cantar duas ou três vezes suavemente, Alfred voltou a si, acordou. Portanto você pode falar com uma pessoa que está em coma. Não se desencoraje, fale com ele ou com ela como se ele estivesse acordado. Há um modo de comunicar.

Sua filha Laura disse, “Alfred, você sabe que Thây está aqui com você, Monja Chân Không está aqui com você.” Alfred não pôde falar, mas seus olhos provaram que ele estava atento e sabia que estávamos lá. Eu massageei os seus pés e perguntamos se ele estava atento ao toque de minha massagem. Quando a Laura perguntou, os olhos dele responderam que ele sim. Quando você estiver morrendo, pode ter um sentimento muito vago de seu corpo; não sabe exatamente se seu corpo está lá. Assim se alguém esfrega ou massageia seus braços ou pés ajuda a restabelecer a consciência que o corpo ainda está lá.

Monja Chân Không começou a praticar precisamente como Shariputra. Ela começou a regar as sementes de felicidade em Alfred. Embora não tivesse gasto seu tempo a serviço do Buda e da Sangha, ele gastou muito do seu tempo para paz. Assim, Monja Chân Không estava regando as sementes do trabalho de paz nele. “Alfred, você se lembra do tempo que você estava em Saigon e estava esperando para ver o monge superior Tri Quang? Por causa do bombardeio americano, Tri Quang não estava disposto a ver qualquer ocidental. Lembra que você tinha uma carta do Thây e quis entregá-la a Tri Quang? Não lhe permitiram entrar, assim você se sentou no lado de fora da porta dele, e passou por debaixo da porta uma mensagem dizendo que ia observar jejum até que a porta fosse aberta. Mas você não teve que esperar muito tempo, apenas dez minutos. Depois disso, Tri Quang abriu a porta e o convidou para entrar. Você se lembra Alfred?” Ela tentou refrescar as recordações destes eventos felizes. Todos estes tipos de recordações retornaram a ele.

Monja Chân Không continuou praticando, precisamente como Shariputra. Em certo momento, Alfred abriu a boca e disse “Maravilhoso, maravilhoso,” duas vezes, e isso foi tudo. Um ou dois minutos depois ele caiu novamente no coma e nunca mais voltou. Tínhamos que ir, por isso recomendei que deveriam continuar com o mesmo tipo de prática: massageando e regando as sementes de felicidade nele. E nós partimos. No início do dia seguinte recebemos um telefonema dizendo que Alfred tinha morrido muito pacificamente, apenas uma hora e meia depois que partimos. Parece que estava esperando por nós, e depois daquele encontro ficou completamente satisfeito e morreu em paz.

Cada um de nós tem esse tipo de semente, sementes de felicidade, sementes de paz e calma. Se nós soubermos tocar, podemos ajudar uma pessoa agonizante a morrer pacificamente. Temos que dar nosso melhor durante esse período, temos que estar tranqüilos, sólidos, calmos, e presentes para ajudar uma pessoa morrendo. A prática budista de tocar a Dimensão Última deveria ser praticada em nossa vida diária e não deveria esperar até que nós estejamos a ponto de morrer para praticar. Porque se nós soubermos praticar profundamente o toque do mundo fenomenal em nossa vida diária, poderemos tocar o mundo do Absoluto, a última dimensão de realidade em nossa vida diária.

Quando você bebe sua xícara de chá, quando você olha para a lua cheia, quando você segura a mão de um bebê, ou caminha com uma criança, se você faz isto muito profundamente, em plena consciência, com concentração, você pode tocar a última dimensão de realidade, e esta é a nata do ensinamento budista, tocar a Dimensão Última.

Outro dia nós falamos sobre a onda. Enquanto vive a vida de uma onda, ela também ao mesmo tempo pode viver a vida de água dentro dela. Ela não tem que morrer para se tornar água, porque a onda já é água no momento presente. Cada um de nós tem sua última dimensão, vocês podem chamar isto “o reino de Deus,” ou nirvana, ou qualquer coisa. Mas isso é nossa dimensão última, a dimensão última de nossa realidade. Se em nossa vida diária nós vivermos superficialmente, nós não podemos tocar isto. Mas se nós aprendermos a viver nossa vida diária profundamente, poderemos tocar o nirvana, o mundo do não nascimento e da não morte, aqui e agora. Isso é o segredo da prática que pode nos ajudar a transcender o medo do nascimento e da morte.

Depois de ter guiado Anathapindika para regar as suas sementes de felicidade, o Venerável Shariputra continuou com a prática de olhar profundamente: “Querido amigo Anathapindika, agora é hora de praticar a meditação nos seis sentidos. Inspire e pratique comigo, expire e pratique comigo. Esta visão não sou eu, eu não sou apegado a estes olhos. Este corpo não sou eu, eu não sou apegado a este corpo. Eu sou vida sem limites. O deteriorar deste corpo não significa o meu fim. Eu não sou limitado a este corpo”.

Assim eles continuaram praticando para abandonar a idéia que somos este corpo, somos estes olhos, somos este nariz, somos esta língua, somos esta mente. Eles também meditaram nos objetos dos seis sentidos: “Formas não sou eu, sons não sou eu, cheiros não sou eu, gostos não sou eu, contatos com o corpo não sou eu; Eu não estou preso nestes contatos com o corpo. Estes pensamentos não sou eu, estas noções não sou eu, eu não estou preso nestes pensamentos e nestas noções.”

Então eles meditaram nos seis elementos: “O elemento de terra em mim não sou eu, eu não estou apegado ao elemento terra. O elemento água em mim não sou eu, eu não estou apegado no elemento de água.” Então eles continuaram com os elementos de ar, espaço, fogo, e consciência.

Finalmente eles fizeram a meditação de ser e não-ser, vindo e indo. “Querido amigo Anathapindika, tudo o que surge é por causa de causas e condições. Tudo tem a natureza de não nascer e não morrer, não chegar e não partir. Quando olhamos para esta folha de papel, você poderia pensar que há um momento quando a folha de papel começou a ser e haverá um momento quando esta folha de papel deixará de ser. Descarte essa idéia”. Pensamos que antes do nosso nascimento, não existíamos, e pensamos que depois que morremos que poderíamos nos tornar nada. Porque em nossa mente temos a idéia que nascer significa “de nada nos tornamos algo de repente.” Nossa noção de nascimento é de ninguém se tornar alguém de repente. Mas como é possível que do nada algo pudesse se tornar algo, de ninguém se tornar alguém? Isso é muito absurdo.

Olhe para esta folha de papel. Podemos pensar que o momento de seu nascimento foi quando a pasta se transformou nesta folha de papel. Mas esta folha de papel não nasceu do nada! Se nós olharmos profundamente neste pedaço de papel, vemos que ela já estava lá antes seu “nascimento”, na forma de uma árvore, na forma de água, na forma de sol, porque com a prática de olhar profundamente podemos ver a floresta, a terra, o sol, a chuva, tudo na folha de papel. Assim o denominado “aniversário” da folha de papel é só um “dia de continuação.” A folha de papel já estava lá há muito tempo em várias formas. O “nascimento” da folha de papel é só uma continuação. Não deveríamos nos enganar pelo aparecimento. Sabemos que a folha de papel nunca nasceu realmente. Esteve sempre lá, porque a folha de papel não veio do nada. Do nada, você se torna algo de repente? De ninguém, você se torna alguém de repente? Isso é muito absurdo. Nada pode ser desse modo.

Assim o dia de nosso nascimento é só um dia de continuação e praticar meditação é olhar profundamente em nós mesmos, ver nossa verdadeira natureza. Nossa verdadeira natureza é a natureza de nenhum nascimento e nenhuma morte. Pensamos que nascer significa do nada nos tornamos algo. Essa idéia, essa noção está errada, porque você não pode demonstrar esse fato. Não só esta folha de papel, mas aquela flor, este livro, eles eram qualquer outra coisa antes que tivessem “nascido.” Assim nenhum ser nasce do nada. O cientista francês Lavoisier disse “Rien ne se crée,” nada é produzido. Não há nenhum nascimento. O cientista não é professor de Budismo, mas ele falou exatamente com o mesmo tipo de palavras que são achadas no Sutra do Coração. “Rien ne se crée, rien ne se perd,” nada é produzido, nada morre. A mesma verdade é falada da boca de um cientista.

Vamos tentar queimar esta folha de papel para ver se podemos reduzir isto a nada. Esteja atento e observe. Nós sabemos que é impossível reduzir qualquer coisa a nada. Você notou a fumaça que subiu. Onde está agora? Parte da folha de papel se tornou fumaça, e se uniu a uma nuvem. Poderemos ver o papel amanhã novamente na forma de um pingo de chuva. Isso é a verdadeira natureza da folha de papel. Não é muito difícil entendermos a ida e vinda de uma folha de papel. Reconhecemos que aquela parte do papel ainda esta lá, em algum lugar no céu na forma de uma pequena nuvem. Assim podemos dizer, “Até logo, adeus, a vejo amanhã novamente.”

Portanto, não apenas as noções de nascimento e morte nos prendem ao nosso medo, mas as noções de ser e não-ser também tem que ser transcendidas. Isso é a nata dos ensinamentos budistas, silenciar todas as noções e idéias, inclusive noções de nascimento e morte, ser e não-ser.

O que é Nirvana? Nirvana é o apagar de todas as noções, as noções que são a fundação do medo e do sofrimento. (...)

Quando condições são suficientes há uma manifestação, e se você perceber aquela manifestação, você qualifica isto como sendo. Se condições não são mais suficientes, você não pode perceber, qualifica isto como não-sendo. Você está apegado a essas duas noções. É como se você entrasse em Plum Village em abril e olhando você não vê nenhum girassol. Você diz que não há nenhum girassol. Isso não é verdade. As sementes de girassol foram plantadas. Tudo está pronto. Apenas os fazendeiros, dando uma olhada nas colinas ao redor de Plum Village, já podem ver girassóis. Mas como você não está acostumado a isto, tem que esperar até o mês de julho para reconhecer, perceber os girassóis. Se está fora de sua percepção, você qualifica isto como “sendo” ou “não sendo", desta forma você perde a realidade.

Na meditação profunda, temos que transcender todas estas idéias, todas estas noções, e poderemos ver o que outras pessoas não podem ver. Olhando a flor você pode ver o lixo, pode ver a nuvem, pode ver a terra, pode ver o sol. Sem muito esforço, pode ver que uma flor interconecta com tudo mais, inclusive com o sol e com a nuvem. Nós sabemos que se retirarmos o sol ou a nuvem, a flor será impossível. A flor está lá porque condições são suficientes para isto; nós percebemos isto e dizemos, “A flor existe.” E quando estas condições não estão juntas e você não percebe isto, então diz, “não está lá”.

Somos apegados à nossas noções de ser e não-ser. A dimensão última de nossa realidade não pode ser expressa em termos de ser e não-ser, nascimento e morte, ida e vinda. É como a água que é a substância das ondas. Falando sobre a onda, você pode falar do “nascimento” de uma onda, a “morte” de uma onda. A onda pode ser “alta” ou “baixa,” “isto” ou “outro,” “mais” ou “menos” bonito, mas não podem ser aplicadas todas estas noções e condições para a água, porque a água é a outra dimensão das ondas.

Assim, a dimensão última de nossa realidade está em nós, e se pudermos tocar isto, transcenderemos o medo de ser e não-ser, nascimento e morte, ida e vinda. Para meditadores budistas, “ser ou não ser,” não é a questão! Porque eles são capazes de tocar a realidade de nenhum nascimento e nenhuma morte; nenhum ser, nenhum não-ser. Você tem que transcender os conceitos de ser e não ser, por que estes conceitos constituem a base de seu medo. Seria uma pena se só praticássemos para adquirir um tipo de alívio relativo. O maior alívio só é possível quando você tocar o nirvana.

Quando Anathapindika praticou com os monges ficou tão comovido que adquiriu insight imediatamente. Ele pôde tocar a dimensão do não-nascimento e não-morte. Foi libertado da idéia de que ele é este corpo. Ele se libertou das noções de nascimento e morte, das noções de ser e não-ser, e de repente adquiriu o não-medo.

Se você for um psicoterapeuta, um assistente social, ou se você tiver que ajudar uma pessoa agonizante, é crucial que você estude este tipo de ensinamento e ponha isto em prática na sua vida diária. Se você simplesmente é um praticante que gostaria de aprofundar sua prática, que quer adquirir libertação de seu medo, de sua falta de estabilidade, de sua raiva, então o estudo e prática deste sutra o ajudará a adquirir mais estabilidade, mais paz, e especialmente a base de não-medo, de forma que quando o momento vier, você poderá confrontar isto de um modo muito tranqüilo e fácil porque todos nós vamos morrer algum dia.

Em minha vida diária eu pratico sempre dando uma olhada nas coisas e pessoas ao meu redor, e já posso ver minha continuação nesta flor, ou naquele arbusto, ou naquele monge jovem, ou naquela monja jovem. Eu vejo que nós pertencemos à mesma realidade, estamos fazendo nosso melhor como uma Sangha, levando pouco a pouco as sementes do Dharma para todos lugares, fazendo as pessoas ao nosso redor felizes. Assim não vejo a razão pela qual eu tenha que morrer, porque posso me ver em vocês, em outras pessoas, em muitas gerações. É por isso que prometi às crianças que estarei escalando a colina no século 21 com elas. Do topo da colina, no ano 2050, estarei olhando para baixo e desfrutarei o que estiver lá junto com os jovens. O jovem monge Phap Canh que tem agora vinte e um anos, no topo da colina terá setenta e cinco! E claro que eu estarei com ele, de mãos dadas, e olharemos para baixo para ver a paisagem do século 21 juntos.

(Discussão de Dharma dada por Thich Nhat Hanh no dia 11 de agosto de 1996 em Plum Village, França)